quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

TROFÉU DE CAMPEÃO Toyota Celica 1982 30 ANOS


 

Zico: 30 anos depois do Mundial, um 'troféu' na garagem

Ex-craque ainda tem o Toyota Celica que ganhou no histórico título de 1981

Silvio Nascimento
Zico com a chave do Toyota que ganhou após a conquista do Mundial de Clubes pelo Flamengo, no Japão, em 1981
Zico com a chave do Toyota que ganhou após a conquista do Mundial de Clubes pelo Flamengo, no Japão, em 1981(Sebastião Marinho/Agência O Globo)
"Aquela foi uma das melhores partidas que fizemos. Havia muito profissionalismo e uma vontade muito grande de ganhar"
Até há alguns anos, era possível encontrar Zico circulando pelo Rio de Janeiro pilotando um Toyota Celica prata, duas portas, com um motor de 2.4 litros, 16 válvulas e 96 cv, bem potente para os padrões do ano de fabricação do carro. O carro foi um prêmio recebido no Japão por ter sido o melhor jogador em campo, na conquista do Mundial de Clubes pelo Flamengo, há exatos 30 anos, em 13 de dezembro de 1981. Principal personagem daquela vitória histórica sobre o Liverpool, o ídolo máximo da torcida do Flamengo faz questão de conservar até hoje o carro, uma lembrança concreta do principal título do clube. Hoje, Zico se limita a dar poucas voltas com o Toyota pelo condomínio em que mora, na Barra da Tijuca, para apenas colocar em funcionamento o "troféu", que levou mais de ano para chegar ao Brasil - naquele tempo, a entrada de automóveis importados no país era limitada.

Direto do Catar, onde treina a seleção do Iraque, o ex-jogador disse à reportagem do site de VEJA que ganhar o título mundial foi a concretização de um sonho. "As lembranças são sempre boas", relembra. "Eu não esperava que fôssemos decidir um jogo tão importante em apenas 45 minutos. Pena foi não estar ao lado de nossa torcida, que é a razão maior de todas as nossas conquistas." Zico afirma ainda que o jogo contra os ingleses - vitória por 3 a 0, com dois gols de Nunes e um de Adílio - foi um dos melhores momentos de sua carreira brilhante no Flamengo. "Aquela foi uma das melhores partidas que fizemos. Aquele time era muito bom - ele envolvia, tinha muita técnica, qualidade. Havia muito profissionalismo e uma vontade muito grande de ganhar."

1981, o ano que não acaba: A carruagem
do Rei Zico

Zico e o Toyota Celica que ganhou como prêmio no Mundial Interclubes Foto: Pedro teixeira






Com todo o cuidado, Zico vai até a garagem e engata a ré do pesado Toyota Celica. Sem direção hidráulica, o belo carro japonês nem se compara aos veículos modernos em termos de dirigibilidade. No entanto, o filme que passa na cabeça do Galinho ao sair com o automóvel faz com que 35 milhões de rubro-negros acelerem até a origem do carro, que este ano faz 30 anos, assim como o maior título da história do Flamengo.
Foram dois veículos após a vitória rubro-negra sobre o Liverpool por 3 a 0, na final do Mudial Interclubes. Nunes ganhou um Corolla no valor de US$ 7 mil, como artilheiro do jogo, e Zico como melhor em campo, com o Celica, de US$ 8 mil.
Como eles tinham combinado anteriormente que os prêmios individuais seriam divididos com o grupo, Zico e Nunes, que já se desfez do carro, pagaram as cotas dos outros jogadores para ficarem com seus prêmios.
— Foi um período gratificante e aquela conquista foi o final feliz. A gente veio de uma série de situações muito significativas na nossa história e na do clube até chegar ali. Muitas vezes, você chega de uma forma diferente, a gente foi conquistando tudo no mesmo ano — relembrou Zico, que costuma usar o carro, que passou pela vistoria 2011, pelo menos uma vez por ano.
Tirar o carro do Galinho é missão impossível. O veículo é um troféu para o eterno camisa 10 da Gávea que ressalta: não está à venda:
— Já tive muitas propostas de colecionador, de torcedores. Só não vêm outras porque não tem a menor chance. Nem ouço. É um troféu que eu vou levar. Não faço questão de sair com ele. Se tiver que tirar as rodas e botar no cavalete, não tem problema.
A burocracia brasileira quase impediu que Zico trouxesse o carro. Isso porque naquela época não era permitida essa importação:
— O Langoni, presidente do Banco Central, marcou encontro com o Dornelles, que era Ministro da Fazenda. O Ministro entendeu, entrou o carro com admissão temporária de um ano, mas precisava ter uma lei — explicou Zico, que depois desse período teve a ajuda de Márcio Braga para conseguir a lei e ficar com o carro em definitivo em 1983:
— Esse carro só veio em 83, tanto que é ano 82.

Zico guarda carro de 81 como 




troféu.




Prêmio de Nunes vai parar em 



galpão


Autor de dois gols contra o Liverpool na final do Mundial, camisa 9 vende prêmio. Dono atual promete levar relíquia para o futuro museu do clube

Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro

header 30 anos do Mundial Interclube (Foto: arte esporte)
Em dezembro de 1981, não existia bonde sem freio. Mas a equipe tinha um condutor. Era o auge da trajetória de Zico no Rubro-Negro. O Galinho, aliás, foi escolhido o melhor jogador em campo na decisão do Mundial de Clubes diante do Liverpool. Com isso, ganhou como prêmio um carro da organização do torneio.
Três décadas depois, o maior ídolo do Flamengo conta que já recebeu algumas propostas pelo possante, mas não se desfaz dele por nada.
- Já recebi algumas propostas, mas não penso (em vender). Esse (carro) aqui, vou guardar para sempre, como grande troféu daquela decisão - declarou o ex-camisa 10 da Gávea.
Aliás, difícil mesmo foi entrar com o carro no nosso país por causa das restrições às importações.
- Ele só chegou ao Brasil em abril de 83 e eu fui embora em junho. Quase não curti (o veículo) naquele período. Depois andei muito com esse carro, para cima e para baixo. Mas agora chegou o tempo em que o guerreiro está cansado - disse Zico.
No entanto, além do Galinho, Nunes também foi presenteado com uma relíquia semelhante por ter marcado dois gols na final do Mundial de Clubes.
- Eu fui e paguei o valor do carro. O Nunes também ficou com o (carro) dele, e a gente deu o dinheiro para todos os jogadores - recordou Zico.
Frame, Carro Nunes (Foto: Reprodução)Nunes vendeu carro duas vezes (Foto: Reprodução)
A diferença é que os carros tomaram destinos distintos. Passados exatos 30 anos daquele jogo, o ex-camisa 10 não se desgrudou do xodó. Já o ex-atacante teve de passar o veículo adiante.
- Estou com ele até hoje. O Nunes ficou com o dele um bom tempo e depois se desfez do carro - declarou o Galinho.
O carro do Zico está inteirinho. Porém, o de Nunes ficou desaparecido durante muito tempo. O Globo Esporte o descobriu num galpão, na Zona Norte o Rio de Janeiro. Foi comprado por um ex-vizinho do atacante, que recusou-se a tirar o nome do artilheiro das decisões da documentação original. Até que o carro chegou ao atual proprietário Mauro Amenta pelas mãos de um amigo em comum.
- Eu também naquela altura trabalhava com automóveis, e ele me perguntou: "Mauro, estou com o carro do Nunes e ele quer vendê-lo. Respondi: "Sou flamenguista e quero comprar" - disse o construtor.
Melhor para a torcida rubro-negra, que poderá conhecer em breve a relíquia.
- Depois que vocês descobriram o carro, decidi que ele vai para o museu do Flamengo no ano que vem. Já liguei para o clube e avisei que esse carro vai ficar exposto onde ele merece estar - finalizou.


Série de geração / A60 Terceira (1981-1985)

Terceira geração
1983 Toyota Celica 2,0 XT Liftback RA61 (Reino Unido)
ProduçãoAgosto 1981 [ 1 ] -julho 1985 [ 5 ]
MontagemTahara , Aichi , Japão
Estilo de corpo3 portas liftback
2 portas cupê
2 portas conversível
LayoutFR disposição
PlataformaA60
Motor1588 cc I4 2T-B / 2T-G (TA60/61)
1587 cc I4 4A-G (AA63)
1770 cc I4 E-3T (TA62)
1770 cc I4 -3T GTE (TA63)
1791 cc I4 4T-GTEU (TA64 )
1832 cc I4 1S-U (SA60)
1968 cc I4 18R-G (RA63)
1972 cc I4 21R (RA60/61)
1995 cc I4 2S-C (SA63)
2366 cc I4 22R/RE (RA64/65)
Transmissão4 velocidades A40D automática
de 5 velocidades W55 , W58 , T50manual de
RelacionadoToyota Supra

1983 Toyota Celica GT-S 2,4 Coupe RA65 (EUA)
Agosto 1981 viu a introdução da terceira geração Celica. O carro estava disponível em liftback cupê, conversível e formas, com muitos compradores que preferem o liftback. O estilo foi mudado consideravelmente a partir de modelos anteriores e poder foi fornecido por um L 2,4 22-R ou 22R-E do motor em todos os modelos norte-americanos, enquanto carburado 2.0 L I4 motor (ou seja, uma 2S-C ) também foi utilizado. A L 2,4 tornou-se o maior motor oferecido em qualquer Celica nunca, exceto para o modelo Supra. Outros motores para os modelos japoneses eram de 1,6 litros 2T, 3T 1,8 litros e 1S, e 2,0-litro 18R-G. Níveis de acabamento são SV, ST, ST-EFI, SX, GT e GT Rally. Dois estilos de corpo foram oferecidos: cupê e liftback.Cremalheira e pinhão direcção foi oferecido com esse Celica.
Injeção de combustível tornou-se padrão em todas as Celicas norte-americanos começaram a partir de agosto de 1982, portanto, tornou-se o motor 22R 22R-CE. Em agosto de 1982, a Toyota acrescentou o GT-S do modelo para o mercado norte-americano para voltar a injetar a imagem de esportes que Celica tinha perdido uma vez que cresceu maior e mais pesado com cada modelo subseqüente. O GT-S incluído maiores 14x7 " rodas e pneus 225/60HR14, guarda-lamas, suspensão traseira independente, um interior desportivo incluindo assentos especiais, e um volante revestido de couro e botão de shifter. A maioria destes veio da Supra. Isso fez com que sentido como o Supra foi baseado no Celica. partir do pára-brisa para trás, ambos os carros eram quase idênticos quando em forma liftback. Havia também opcional louvers traseiro para o cupê e liftback. O atualizados GT-S rodas são cobiçados como substitutos por muitas pessoas que possuem primeiro Celicas geração como eles permaneceram quatro lug e olhou mais desportivo do que as rodas da primeira geração, fornecendo ainda o "Celica clássico" look and feel. As rodas também foram alumínio polido em oposição ao acabamento liso dos modelos mais baixos.

Toyota Celica Twincam Turbo (TA64) Grupo B carro de rali
Em setembro de 1982, o primeiro Celica turbo foi lançado no Japão. O GT-T teve um 1,8-litro máquina de 3T-GTE. Para atender a regulamentação FISA para o Grupo B Rally Car para competir no World Rally Championship (WRC), 200 unidades Celica GT-TS foram construídos. Estes foram os carro básico para o Grupo B Celica Twincam Turbo (TA64), que foram construídos e se reuniram pela Toyota Team Europe(TTE). O carro de produção do motor tinha 180 PS, e com 320 cv, o carro funciona plenamente rali foi o mais poderoso de terceira geração Celica.

1984-1985 Toyota Celica GT-S 2,4 Coupe RA65 (EUA)
Facelift foi dado ao Celica, em agosto de 1983 para 1984 ano modelo. O Celica recebeu novo nariz com faróis totalmente retráteis, grelha redesenhada, e airdam. As lâmpadas de combinação traseiras também foram revistos. Os japoneses Celica 1600 GT tem novo motor 4A-GE, ea 1600 GT-R também alimentado pelo mesmo motor foi introduzido. Outro novo modelo foi o 1800 turbo GT-TR.
O Convertible GT-S, construído pela Specialty Cars americanos (ASC) na Califórnia, lançou 200 unidades em 1984, e 4.248 unidades para o ano modelo 1985 carece de fontes ] .
O Celicas modelo australiano, europeu, japonês e geral de exportação veio com aberturas laterais traseiros, que são muito procurados por entusiastas da América do Norte Celica.
Na Europa, o Celica foi oferecido como 1600ST com motor 2T, 2000XT (21R), e 2000GT (18R-G).
Na Austrália, a Toyota decidiu inicialmente para usar o 21R-C na dulled-down modelo Celica. Como resultado, o carro só saiu um mero 67 kW (90 cv). No entanto, este foi substituído mais tarde, em primeiro lugar, pelo muito mais rápido 73 kW (98 cv) 2S-C do motor e pelo motor 2.4 litros injetado (22R-E), que fornecia 87 kW (118 PS; 117 hp). Versões posteriores utilizado IRS suspensão traseira, ao invés do diferencial do eixo tradicional ao vivo.

2 comentários:

  1. Cézar, beleza de reportagem. Eu nunca imaginaria que eles conseguissem trazer o carro do Japão. Naquele tempo era impossível, foi muita persistência do Zico em traze-lo. Parabéns pela pesquisa.Abraços.

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  2. Bom dia SERGIO!, realmente o governo brasileiro na época infelizmente dificultava d+ a importação... segundo a materia exibida, mas mesmo assim após ano o carro chegou, que bom que foi preservado até hoje. UM ABRÇÇÇ!

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